Resenha: Toques Invisíveis

Um amor, o impossível e um garoto corajoso

  Toques Invisíveis, o primeiro livro físico do autor Alex_BL, é um carrego de boas tramas, aparentemente simples, mas que se desenvolvem a um ponto que, bem, pode destruir suas primeiras impressões, especialmente as que o tratam como mais um dos livros clichês de adolescentes apaixonados. O fascínio aliado a curta duração da história fizeram eu me dar por satisfeito ao terminar de ler o livro em absurdas três horas.

   A narração é toda na perspectiva do Chendy, um adolescente que inicialmente encontra-se desolado ao saber que perderia tudo que construíra no Rio de Janeiro, pois seus pais haviam conseguido uma transferência para Florianópolis. Os acontecimentos que o cercam logo após sua chegada já começam a mudar suas opiniões, ainda mais depois de conhecer Bia e Micah, seus novos melhores amigos.

  Marcely, sua irmã, é o alto astral em pessoa rs. Dei boas risadas com ela, e seu papel na história é aparentemente o daquela irmã que te dá umas broncas às vezes, mas também senta e conversa buscando entender ─ mas como nem tudo é o que parece em Toques Invisíveis, Marcely se mostra uma pessoa brincalhona e também muito parceira.

    Seus pais não tem um protagonismo muito além do normal a história, então eu vou voltar o foco de vocês para Julie, a personagem que vai roubar o coração do Chendy logo na primeira vez que ele a vê. Até aí, tudo muito normal, não é? Bom, comecem a montar suas hipóteses em torno dela, e talvez você acerte (só para constar, eu falhei em todas que construí). Ela é uma garota profunda, esperta, misteriosa e provavelmente metida com coisas ruins (eu daria uma atenção para esta última parte rsrs).

   Depois de todo essa introdução aos personagens, seria bom dizer o que eu absorvi da história, né?

   Ok. Toques Invisíveis conseguiu me surpreender pela forma simples e estilizada com que veio, ainda mais quando fui percebendo os questionamentos amarrados ao enredo. Eles são tão reflexivos que te fazem parar e pensar se como você age realmente te agrada.

  Outra coisa que eu amei foi a forma como o livro é narrado, e mesmo sendo uma leitura rápida, você se sente satisfeito com o que viu e principalmente com as emoções que sentiu no decorrer do livro ─ ansiedade, medo... ─, ah, você nem acreditaria se eu te dissesse que o livro aborda um terror moderno, que se distingue daquilo que já conhecemos mesmo não sendo tão diferente.

  Para finalizar, eu gostaria de deixar uns versos que me deixaram muito apaixonados pelo livro:

  O tempo passa, e, ao decorrer, se aprende muitas coisas. Futuramente, pode-se cometer mais erros para, novamente, aprender.

Livros físicos:

Confissões de Uma Família (Quase) Perfeita!

Toques Invisíveis