Olá
você que curte Confissões de uma família (quase) perfeita! Depois de tanto
tempo, finalmente voltei aqui com mais uma review dos personagens
maravilhosos do Alex BL no seu livro mais recente.
Alex
BL sempre traz algum aprendizado pra gente nas coisas que escreve (mesmo que
sem intenção). Dessa vez, ele nos mostrou como as visões são
importantes. No primeiro capítulo, narrado pelo protagonista Luiz Pedro Fernando
Henrique, sua irmã mais nova e personagem secundária na trama, Kauany nos causa
a seguinte primeira impressão: chata, implicante, meio doida e irônica. Eu já
mencionei chata? Bom, onde eu quero chegar? Kauany é mais do que isso (e
estranhamente eu gostei dela). Atrapalhada, iludida e sensível (apesar de
parecer mais dura), a garota é uma adolescente persistente e que persegue seus
dois talentos, a música e a atuação.
Ela
também sabe como ninguém como ser nerd e popular ao mesmo tempo, além de esconder
sua (escancarada) vontade de ser o centro das atenções, mas de um jeito legal. Suas
aparições na história, mesmo as mais rápidas, são marcantes ─ seja pelo
seu humor sarcástico, as confusões ou sua implicância. Kauany também é compreensiva
com seus pais, coisa difícil na adolescência de muitos (inclusive seu irmão).
Um doce de garota.
Ou
não.
Seu
dom nato, eu diria, é o de constranger (como ela nos mostra muito bem na cena malcheirosa
com o Lucas). Já no primeiro capítulo eu me peguei gostando do lado sarcástico
da garota, dona de um humor ardiloso e que faz provocações ao primeiro que
morde sua isca.
Apesar
de provavelmente ter alguns garotos aos pés dela, Kauany não liga muito pra
isso, e o que a gente vai notando no decorrer da história é que ela prefere se
divertir. Mas como nem tudo é calmaria, um garoto acaba arrasando o coração
de gelo dela ─ o que ainda rende algumas coisas na história, e
a faz perseguir ainda mais suas aspirações.
De
alguma forma, a personagem rende alguns dilemas que a gente vai acompanhando se
resolverem: a adolescência parece se tornar menos complicada e ela parece “crescer”,
revelando um lado mais compreensivo. Ela também causa isso no Lupe, que revela pra
si que a admira por algumas dessas qualidades.
Por
fim, talvez um dos maiores recados que Kauany nos deixa é que a gente tem que
procurar saber mais antes de simplesmente julgar, e buscar entender também. Depois
da minha viagem escrevendo isso, cabe dizer que Kauany é uma personagem
maravilhosa com intensidade e alguns clichês, mas que ainda sim se tornam interessantes,
uma característica dos personagens do autor.
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